terça-feira, 2 de outubro de 2018

OS AUTISTAS SÃO TODOS IGUAIS?


Assim como os cinco dedos da mão
 não são iguais
Alguns autistas falam, outros não (não por opção e sim por uma limitação) Alguns autistas adoram música, escrevem poesias, tocam piano, outros não suportam nem ouvir a nossa voz. Alguns autistas namoram, casam, têm filhos, outros não conseguem ter um relacionamento, não porque não conseguem amar e sim por não conseguirem se aproximar. Alguns autistas terminam o colégio, vão pra faculdade, se formam, outros não conseguem sequer segurar uma caneta e não é por falta de estimulos ou por descuido dos pais, eles simplesmente não conseguem. Alguns autistas adoram água, tomar banho, outros têm pavor de entrar no banheiro e com muita luta dos cuidadores conseguem fazer a higienização básica. Alguns autistas passeiam em shoppings, praias, vão à festas, outros não suportam sair de casa. Alguns autistas adoram comer, outros têm uma seletividade alimentar severa e não é por frescura, simplesmente algumas texturas, temperaturas e sabores não os agrada. Alguns autistas não usam nenhuma medicação, outros usam e não é porque os pais querem dormir sossegados e sim porque necessitam, pois muitos se agridem, têm crises de euforia ou epilepsia.
São todos diferentes
Então não julgue antes de conhecer, não ponha todos num mesmo "pacote", estenda a mão amiga, seja compreensivo, paciente e acima de tudo respeite a limitação de cada indivíduo. Se pra você o ato de acordar, escovar os dentes, cumprimentar as pessoas, abraçar, dizer eu te amo é algo natural, saiba que para muitos autistas é extremamente doloroso. Não julgue os pais, pois eles passam por dores e lutas que você desconhece. Seja um amigo dos autistas. Autor Desconhecido

sábado, 29 de setembro de 2018

Horário diferenciado para pais e cônjuges de pessoas com deficiência

Lei 13370\2016 - Servidor público com cônjuge filho ou dependente com deficiência possui direito a horário especial
Nos casos envolvendo servidores com deficiência ou que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência, será permitido um horário especial, com entrada e saída diferenciada e menor carga horária sem necessidade de compensação.
Segundo Ivan Barbosa Rigolin,
"Tratando-se de dispositivo eminentemente humanitário e que visa de algum modo compensar a desvantagem natural que o deficiente apresenta com relação ao servidor não deficiente, essa diferenciação de horário não exige compensação, vale dizer, o horário do servidor deficiente pode ser diferente e menor do que o normal de cada respectiva repartição, sem qualquer irregularidade, tudo dependendo do atestado de juntas médicas localmente constituídas, ou daquelas de algum modo, e competentemente, centralizadas para o serviço público federal." (RIGOLIN, Ivan Barbosa. Comentários ao regime único dos servidores públicos civis. 5ª ed., São Paulo: Saraiva, 2007, p. 221).

O servidor deverá formular requerimento e, estando presentes os requisitos, o dirigente do órgão ou entidade no qual ele trabalha irá expedir um ato de concessão do horário especial indicando a jornada reduzida de trabalho, que será baseada no laudo médico.

Novidade trazida pela Lei nº 13.370/2016

A Lei nº 13.370/2016 alterou o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112/90. A alteração imposta foi a seguinte:

Antes da Lei 13.370/2016
O servidor que tivesse CÔNJUGE, FILHO ou DEPENDENTE com DEFICIÊNCIA já possuía direito a horário especial, mas precisava fazer compensação de horário.

ATUALMENTE
Com a mudança, o servidor que tenha CÔNJUGE, FILHO ou DEPENDENTE com DEFICIÊNCIA possui direito a horário especial, sem necessidade de fazer compensação.

As regras acima expostas aplicam-se aos servidores públicos estaduais e municipais?

Depende. Os servidores públicos estaduais ou municipais só terão direito a horário especial nas condições acima expostas se isso for previsto na respectiva lei estadual ou municipal.

Exemplo: a Lei Complementar 053/2001, do Estado de Roraima, concede aos servidores públicos estaduais regras de horário especial semelhantes às que estão previstas na legislação federal.

Vale ressaltar que, se não houver previsão na respectiva lei, entendo que o servidor público estadual ou municipal não terá direito a horário especial, não sendo possível invocar, por analogia, a Lei nº 8.112/90, sob pena de violação à autonomia administrativa dos entes.

Fonte: dizer o direito.