sábado, 29 de setembro de 2018

Horário diferenciado para pais e cônjuges de pessoas com deficiência

Lei 13370\2016 - Servidor público com cônjuge filho ou dependente com deficiência possui direito a horário especial
Nos casos envolvendo servidores com deficiência ou que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência, será permitido um horário especial, com entrada e saída diferenciada e menor carga horária sem necessidade de compensação.
Segundo Ivan Barbosa Rigolin,
"Tratando-se de dispositivo eminentemente humanitário e que visa de algum modo compensar a desvantagem natural que o deficiente apresenta com relação ao servidor não deficiente, essa diferenciação de horário não exige compensação, vale dizer, o horário do servidor deficiente pode ser diferente e menor do que o normal de cada respectiva repartição, sem qualquer irregularidade, tudo dependendo do atestado de juntas médicas localmente constituídas, ou daquelas de algum modo, e competentemente, centralizadas para o serviço público federal." (RIGOLIN, Ivan Barbosa. Comentários ao regime único dos servidores públicos civis. 5ª ed., São Paulo: Saraiva, 2007, p. 221).

O servidor deverá formular requerimento e, estando presentes os requisitos, o dirigente do órgão ou entidade no qual ele trabalha irá expedir um ato de concessão do horário especial indicando a jornada reduzida de trabalho, que será baseada no laudo médico.

Novidade trazida pela Lei nº 13.370/2016

A Lei nº 13.370/2016 alterou o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112/90. A alteração imposta foi a seguinte:

Antes da Lei 13.370/2016
O servidor que tivesse CÔNJUGE, FILHO ou DEPENDENTE com DEFICIÊNCIA já possuía direito a horário especial, mas precisava fazer compensação de horário.

ATUALMENTE
Com a mudança, o servidor que tenha CÔNJUGE, FILHO ou DEPENDENTE com DEFICIÊNCIA possui direito a horário especial, sem necessidade de fazer compensação.

As regras acima expostas aplicam-se aos servidores públicos estaduais e municipais?

Depende. Os servidores públicos estaduais ou municipais só terão direito a horário especial nas condições acima expostas se isso for previsto na respectiva lei estadual ou municipal.

Exemplo: a Lei Complementar 053/2001, do Estado de Roraima, concede aos servidores públicos estaduais regras de horário especial semelhantes às que estão previstas na legislação federal.

Vale ressaltar que, se não houver previsão na respectiva lei, entendo que o servidor público estadual ou municipal não terá direito a horário especial, não sendo possível invocar, por analogia, a Lei nº 8.112/90, sob pena de violação à autonomia administrativa dos entes.

Fonte: dizer o direito.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Você sabe se seu filho sofre bullying?

   
                            Um guia sobre bullying para pais
Crianças e jovens autistas podem correr mais risco de sofrer bullying do que seus colegas. No entanto, eles talvez não consigam comunicar isso a você. 
Aqui você pode ler sobre o que é bullying, os sinais a serem observados e como isso pode afetar seu filho e o que você pode fazer para ajudá-lo - desde conversar com a escola de seu filho até discutir diretamente uma série de abordagens. Você também pode ler sobre como levar sua queixa adiante, se não estiver satisfeito com o fato de a escola ter feito o suficiente para impedir o bullying. 
                           O que é o bullying?
Não há definição de bullying na legislação. Organizações anti-bullying sugerem que o bullying poderia envolver: 
- chamar por apelidos pejorativos;
- tirar sarro ou fazer provocação;
- espalhar rumores; 
- ignorar ou deixar de fora;
- ameaçar ou humilhar
- empurrar, puxar, bater, chutar ou outros atos físicos;
- tomar ou interferir no gasto dinheiro ou outros itens. 
A internet e os telefones celulares significam que o bullying pode acontecer tanto durante o dia na escola quanto fora do horário escolar. O bullying on-line ou virtual inclui o bullying por meio de mensagens de texto, e-mails, sites, jogos on-line, mensagens instantâneas e redes sociais.
     
       Bullying e crianças ou jovens no espectro do autismo
Crianças e jovens autistas podem estar mais em risco de sofrer bullying do que seus colegas por causa das diferentes maneiras de se comunicarem e interagirem com os outros. Seu grupo de colegas frequentemente notará essas diferenças cada vez mais à medida que envelhecem. 
Como crianças e jovens autistas acham difícil ler expressões faciais e linguagem corporal, eles não sabem quando alguém está sendo amigável ou se estão tentando feri-los. Isso significa que eles podem entender mal as intenções de seus colegas.
Eles também podem ser alvos fáceis no parquinho, no pátio ou na quadra, pois às vezes preferem brincar sozinhos.
Como resultado, outras crianças acham mais fácil pegá-las, pois não têm uma estrutura de suporte em torno delas. Outras crianças também podem pegá-las se as virem fazendo coisas "estranhas", como bater as palmas das mãos ou fazer comentários impróprios.
Crianças e jovens autistas também podem se tornar os próprios valentões. Eles podem se tornar agressivos quando um jogo não está sendo jogado do jeito que eles querem e então tentar controlar a situação. Eles também podem ficar frustrados por serem "deixados de lado" no parquinho e tentar "fazer" os outros se tornarem amigos deles.
            
             Como saber se seu filho está sofrendo bullying
Nem sempre é fácil dizer se o seu filho está sofrendo bullying e eles próprios nem sempre percebem que estão passando por isso. Isso pode ser porque eles têm dificuldade em entender as intenções dos outros e suas dificuldades de comunicação podem dificultar a comunicação sobre o incidente a você ou à equipe da escola. 

Como resultado, você pode precisar procurar outras pistas para saber se o seu filho está sendo intimidado ou não. Eles podem:

-voltar para casa com roupas, malas ou livros sujos, danificados ou faltando, 
-com hematomas ou arranhões, 
-sem o dinheiro que deveriam ter ou pedindo mais dinheiro no dia seguinte,
-chegar na escola ou chegar atrasado porque mudaram de rota para a escola,
-relutar em ir à escola e inventar desculpas para não comparecer, 
-parecem estar estressados, deprimidos, infelizes ou indispostos, 
-mostram uma deterioração na concentração ou o padrão de trabalho escolar,
-mostra um aumento ou mudança no comportamento obsessivo / repetitivo. 
Uma criança ou jovem autista também pode apresentar mudanças súbitas de comportamento, que podem ser causadas pelo bullying. Isso pode ser: maior ansiedade, dificuldade em dormir ou comportamento explosivo em casa. Alguns podem imitar os atos de valentões em casa, intimidando seus irmãos porque eles não entendem que esse comportamento é inaceitável. Para eles, eles estão simplesmente representando o que seus colegas estão fazendo.

Os efeitos do bullying em seu filho e o que você pode fazer para ajudar
Os efeitos a longo prazo do bullying podem ser sérios. Pesquisas sugerem que crianças vítimas de bullying podem acabar com inseguranças de longa duração, problemas comportamentais e baixa autoestima, além de pouca concentração. Eles podem se recusar a participar de situações sociais porque têm medo de sofrer bullying ou sofrer de doenças relacionadas ao estresse. Alguns podem desenvolver doenças mentais. 

Você pode precisar aumentar a auto-estima de seu filho em casa. Elogios por trabalhos específicos ou bons dias na escola podem ajudar a lembrar ao seu filho que ser autista o ajuda a ser bom nas coisas. Você pode fazer um livro ou quadro de conquistas com fotografias e trabalhos para lembrá-los disso, mantendo-o em um local de fácil acesso para referência.  

Você também pode dizer ao seu filho sobre pessoas autistas bem-sucedidas e famosas e descobrir ou ler suas contas pessoais.

Algumas crianças ou jovens podem precisar de ajuda profissional para aumentar sua auto-estima e confiança. 


                     E se seu filho for o valentão?
Se o seu filho for um valentão, pense no que ele está tentando fazer ou se comunicar. Pode ser que eles estejam tentando chamar a atenção, se encaixem ou sigam as sugestões feitas por outras crianças e, consequentemente, ignorem completamente que estão machucando os outros. 

Eles podem se beneficiar do  treinamento de habilidades sociais ou de como pedir que os outros brinquem com eles. Você também pode pedir à escola que organize algumas atividades lúdicas estruturadas para o seu filho.


É importante explicar às crianças autistas que elas não precisam ser amigas de todos na classe. Eles não percebem que não há problema se as crianças da turma não são todas amigas. Você poderia usar uma história social como:

"Somos todos colegas de sala de aula. Um colega é alguém que trabalha ou estuda com você e também pode ser seu amigo. Como sua mãe ou seu pai, você trabalhará ao lado de pessoas de quem gosta e de pessoas das quais não gosta. Se não concordarmos, é interessante, mas aprenderemos a trabalhar e desenvolver regras para manter o corpo, os sentimentos e os bens de todos seguros."

O que você pode fazer
Fale com seu filho
Tente:

falar com eles sem ficar com raiva ou chateado
ouça atentamente e dê toda a sua atenção  
Certifique-se de que seu filho saiba que você acredita neles, não é culpa deles e eles não estão sozinhos.
Discuta com seu filho o que eles querem que aconteça e o que eles querem (ou não querem) que você faça 
Concordar com o seu filho.
Algumas crianças e jovens autistas acharão difícil conversar com você cara a cara e acharão mais fácil escrever sobre o incidente ou tirar uma foto sobre o que aconteceu.

Você pode tentar usar um sistema diário, enviar por e-mail ou ter uma caixa para deixar perguntas e escrever respostas. Essas formas de comunicação podem levar mais tempo, mas você pode obter mais informações do seu filho dessa maneira. Você poderia perguntar aos irmãos se eles viram alguma coisa e tomaram nota do que dizem.

Se manter um diário dos incidentes, certifique-se de gravar:
-Quem estava envolvido
-o que aconteceu 
-que ação a escola tomou (se houver).

Seu filho pode não perceber que está sendo intimidado. Tente ajudá-lo a entender a diferença entre o comportamento que é amigável e o bullying. Explique que quando o comportamento dói ou prejudica alguém, seja física ou emocionalmente, é um bullying.

Fale com o pessoal da escola
Depois de falar com o seu filho, marque uma consulta com o professor da sua criança e:

-pedir uma cópia da política anti-bullying da escola para ver o que colocou em prática 
-ser específico e anotar o que o professor disse e que ação eles concordaram
-tente permanecer o mais calmo possível para que as linhas de comunicação permaneçam abertas com a escola e suas preocupações sejam ouvidas 
-pergunte se a escola tem sugestões de coisas práticas que você pode fazer para ajudar
-depois de conhecer o professor da turma, envie uma carta descrevendo o que foi acordado, para que todos os envolvidos tenham uma compreensão clara da situação e das ações futuras. 

O professor da turma e outros funcionários da escola podem não estar cientes do problema, no entanto, isso não significa que ele não exista. Crianças e jovens que são valentões são muitas vezes secretos e dissimulados.

Abordagens para ajudar seu filho
Quando você vê o professor da sua criança, pode ser útil apresentar algumas sugestões do que você e a escola podem fazer para ajudar.

-Usando mapas
Faça um mapa do mundo de seu filho e identifique as áreas em que ele se sente mais e menos vulnerável. Isso poderia incluir um mapa da escola, bem como a rota para a escola. Ele pode então ser usado para identificar áreas que a escola precisa conhecer. 

Habilidades sociais e treinamento em comunicação
Seu filho pode se beneficiar de  habilidades sociais e treinamento de comunicação para ajudá-los a aprender a reconhecer quando alguém está sendo agradável ou desagradável. Você pode achar útil usar um programa de televisão favorito para ilustrar isso, como Mr Bean e Os Simpsons . Esses programas exageram a linguagem corporal e as expressões faciais, o que pode ser uma boa ferramenta de ensino. Você também pode pedir ao seu filho para ajudá-lo a organizar fotos e fotografias de pessoas em pilhas agradáveis ​​e desagradáveis. 

Ensinando seu filho o que fazer
Você também pode precisar ensinar ao seu filho o que fazer se ele estiver incomodado com um incidente na escola, escrever uma história social ou uma lista de regras a seguir. Você poderia dar-lhes um lembrete para ficar no diário da escola, como um aviso para ir e ver um certo professor.

Pausas e almoços
O pátio da escola é um dos lugares onde crianças e jovens autistas podem ser mais vulneráveis. Ao contrário de seus colegas, que acham o parquinho o período mais relaxante do dia, muitas vezes eles podem encontrar períodos de tempo não estruturados, pois não têm certeza do que se espera deles. Como resultado, eles podem estar sozinhos em áreas não supervisionadas do playground.

Pode ser útil para a escola do seu filho trazer alguma estrutura para o horário de descanso / recreio. Por exemplo, a escola poderia: 

-fornecer clubes na hora do recreio 
-deixe seu filho ir à biblioteca 
-deixe seu filho usar um computador durante os intervalos 
-Crie atividades estruturadas no parquinho para o seu filho e um par de colegas para que seu filho consiga se socializar, mas também saiba o que se espera dele.

Amigos e amizade
Um esquema de  amizade no parquinho também pode ajudar a reduzir o bullying. A escola poderia identificar alguns amigos para o seu filho no recreio para que eles possam ampliar seu grupo de amizade. Algumas escolas têm um banco de amizades onde crianças e jovens podem se sentar se precisarem de alguém para conversar ou brincar. Um círculo de amigos pode ensinar outras crianças sobre autismo e também ajuda a ensinar a pessoa com autismo sobre habilidades sociais.

Aumentando a conscientização sobre o autismo através de lições
Você pode pedir ao professor da sua criança que ensine outras crianças sobre o autismo de uma forma que seja sensível e não separe o seu filho. A maioria das escolas agora ensina as crianças sobre diferentes credos, deficiências e raça.

O professor poderia planejar uma lição que explica o autismo. Participar da Semana de Conscientização do Autismo das Escolas é uma ótima maneira de fazer isso.

Caixa de bullying
As escolas precisam estar cientes de que as crianças com autismo nem sempre querem dizer a um professor cara a cara sobre o bullying. Uma caixa de bullying permite que os alunos denunciem incidentes de bullying secretamente. Isso também significa que eles têm mais tempo para pensar sobre o que eles querem dizer. 

Ajuda externa para escolas
A escola também pode obter ajuda externa para colocar em prática medidas anti-bullying. Sua autoridade local ou educacional pode ter recursos e profissionais que possam ajudar.

Levando a questão a sério
Pode ser útil identificar uma equipe de pessoas em que seu filho possa confiar, em vez de depender de apenas um membro da equipe. O ideal é que essa equipe inclua funcionários que estejam em horários diferentes durante o dia. A escola também deve ter como objetivo envolver a equipe de apoio da hora do almoço e torná-los conscientes do problema e o que fazer se o seu filho relatar um incidente.

A equipe da escola precisa estar ciente do que fazer quando um incidente é relatado. Consistência é importante para crianças autistas. Se eles sentem que não foram levados a sério ou que um membro da equipe não fez o que deveriam fazer, eles podem ficar mais frustrados e chateados. Eles também podem relutar em relatar futuros incidentes se acharem que não há sentido em fazê-lo.

Apesar das medidas preventivas, o bullying ainda pode acontecer. É importante que a escola leve suas preocupações sobre o bullying a sério e que seu filho tenha um ponto de contato. Qualquer medida sem entusiasmo pode piorar a situação. Por exemplo, a escola deve deixar claro para os agressores que suas ações não são aceitáveis ​​e sua política de comportamento deve descrever claramente as conseqüências do bullying.

Uma abordagem escolar inteira
Estudos mostraram que as escolas que adotam uma abordagem escolar inteira para o bullying geralmente relatam uma redução geral no bullying. Essa abordagem inclui:

-fornecer a todos os alunos lições anti-bullying como parte do currículo
-incentivar as crianças a contar a alguém quando estão sendo intimidadas
-incluir todos os funcionários e alunos na prevenção do bullying
-ter pôsteres claros e literatura para enfatizar a abordagem de tolerância zero das escolas ao bullying.
Obtendo suporte extra
Seu filho pode exigir uma avaliação de suas necessidades educacionais especiais para obter ajuda extra na escola .

Lidando com o cyberbullying
Crianças e jovens autistas consideram as redes sociais, fóruns, e-mails, mensagens instantâneas, mensagens de texto e jogos on-line uma maneira mais fácil de socializar. Eles podem ajudá-los a construir auto-estima e confiança com interações positivas e podem incentivá-los a interagir com os outros. No entanto, crianças com autismo podem não ser capazes de reconhecer o cyberbullying tão facilmente quanto seus colegas.

Como resultado, você pode não querer monitorar o uso da Internet ou dos telefones celulares. Esteja ciente de quaisquer alterações no comportamento do seu filho. Se de repente eles não parecem ansiosos para entrar no computador, isso pode significar que algum assédio ocorreu. Aqui estão algumas sugestões de como você pode tornar as coisas mais seguras: 

-conheça mais sobre a tecnologia e a mídia social que seu filho usa
-compreender os riscos e ter um interesse ativo em como e com quem eles estão interagindo
-usar configurações parentais para telefones celulares, laptops, tablets ou consoles de jogos
-usar filtros para aplicativos
-Use as configurações de privacidade para sites de jogos on-line e mídia social. 
-Tente fazer um acordo com seu filho sobre como os dispositivos devem ser usados. Estabeleça um comportamento adequado on-line e ajude seu filho a identificar quando ele ou outras pessoas estão sendo vítimas de bullying on-line. Incentive seu filho a compartilhar qualquer mensagem desagradável ou perturbá-la com você.  

Como parte do acordo, você pode querer garantir que seu filho entenda que:

-Eles nunca devem divulgar informações pessoais
-Tudo postado online pode ser rastreado até o indivíduo
-Online ou offline, todos devem ser tratados com respeito
-Eles devem pensar antes que a comunicação pós-escrita possa ser mal interpretada.


Saúde e segurança
Alguns pais ficarão preocupados com o bem-estar de seus filhos e gostariam de mantê-los fora da escola até que a situação tenha sido resolvida. No entanto, você deve lembrar que, legalmente, você precisa garantir que seu filho receba educação, normalmente enviando-o para a escola. 

Se você acha que seu filho está muito doente por causa do estresse, por exemplo, você deve receber um atestado do médico de família do seu filho ou outro profissional médico com quem ele está registrado. Você também deve permitir que a escola, a autoridade local ou a autoridade educacional saibam disso e discutam os preparativos para uma educação alternativa para o seu filho.

Levando as coisas mais longe
Se você não está feliz com a resposta que recebeu do professor da turma e também falou com o coordenador, fale com o diretor. Se necessário, você pode envolver sua autoridade local ou autoridade educacional (Secretaria e Educação municipal ou estadual).

Comportamento de bullying que se torna um ato criminoso, como roubo, danos à propriedade ou agressão física, pode ser denunciado à polícia. A Polícia Local também pode oferecer ou participar de iniciativas anti-bullying.

Seus filhos são seu tesouro, sua semente aqui na terra. São eles a marca que vamos deixar nesse planeta. Que essa marca seja vista e ouvida até muito tempo depois de havermos deixado de existir. Cuidemos de nossos filhos...

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Lei autismo

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução. 
§ 1o  Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II: 
I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos. 
§ 2o  A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. 
Art. 2o  São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista: 
I - a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista; 
II - a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação; 
III - a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes; 
IV - (VETADO);
V - o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e as disposições da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 
VI - a responsabilidade do poder público quanto à informação pública relativa ao transtorno e suas implicações; 
VII - o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais e responsáveis; 
VIII - o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a magnitude e as características do problema relativo ao transtorno do espectro autista no País. 
Parágrafo único.  Para cumprimento das diretrizes de que trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado. 
Art. 3o  São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: 
I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer; 
II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração; 
III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo: 
a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional;
c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;
d) os medicamentos;
e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento; 
IV - o acesso: 
a) à educação e ao ensino profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à assistência social. 
Parágrafo único.  Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante especializado. 
Art. 4o  A pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência. 
Parágrafo único.  Nos casos de necessidade de internação médica em unidades especializadas, observar-se-á o que dispõe o art. 4o da Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001. 
Art. 5o  A pessoa com transtorno do espectro autista não será impedida de participar de planos privados de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência, conforme dispõe o art. 14 da Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998. 
Art. 6o  (VETADO). 
Art. 7o  O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. 
§ 1o  Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo. 
§ 2o  (VETADO). 
Art. 8o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília,  27  de dezembro de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
DILMA ROUSSEFF

Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim, que perguntar carece: como não fui eu que fiz?

Esse Seu Olhar

Este seu olhar 
Quando encontra o meu 
Fala de umas coisas 
Que eu não posso acreditar 
Doce é sonhar 
É pensar que você 
Gosta de mim 
Como eu gosto de você! 
Mas a ilusão 
Quando se desfaz 
Dói no coração 
De quem sonhou 
Sonhou demais 
Ah!, se eu pudesse entender 
O que dizem os teus olhos

Tom Jobim

SALA DE RECURSOS


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

5 aplicativos para crianças com autismo



     Visuais e intuitivas, essas ferramentas podem facilitar e estimular as habilidades de comunicação e interação dos pequenos com transtorno do espectro autista (TEA), além de ajudar a reduzir o estresse causado por dificuldades de linguagem e eventuais mudanças na rotina.

     1. Para lidar com mudanças: Minha rotina especial 
     Em português, ajuda a organizar atividades do dia a dia e a diminuir a ansiedade quando necessária a inclusão de uma atividade diferente, como visita ao médico ou uma viagem. Segue a linha da ferramenta First Then, permitindo planejamento detalhado e instrução para o passo a passo de atividades, mesmo as mais simples, como ir ao banheiro e escovar os dentes. Não é gratuita, disponível para Android e iPad: www.minharotina.com.br. 
     3. Tradução de comandos em voz: Livox
     Vencedor de prêmio da ONU de melhor aplicativo de inclusão, o Livox (Liberdade em voz alta) foi criado pelo analista de sistemas pernambucano Carlos Pereira, pai de uma menina com paralisia cerebral, e já traduzido para 25 línguas. Traduz para comandos em voz símbolos tocados na tela pelo usuário. A vantagem é que possibilita a comunicação de pessoas não apenas com dificuldades de comunicação, mas também motoras. Já conta com repertório de mais de 12 mil imagens, que direcionam para alternativas bem específicas. Por exemplo, a criança pode escolher comer uma massa e o tipo de molho. Disponível em www.livox.com.br, conta com informações específicas para usar o aplicativo de acordo com o tipo de deficiência da criança. 
     2. Comunicação rápida: Tobii 
     Totalmente baseado em símbolos muito objetivos, permite a comunicação rápida de necessidades para crianças com TEA que não se expressam verbalmente. Possibilita construir frases específicas e informar sobre necessidade de ida ao banheiro, dores, fome, vontades, preferências por lugares e atividades. É possível baixar preview gratuito em português no iTunes: apple.co/2unyS5L.
     4. Fazer relatos: Story Creator 
     Permite a criação de histórias rápidas para que a criança se comunique e conte suas vivências por meio de desenhos, com a possibilidade de inserir fotografias e convidar um adulto para narrar a história desenhada. Pode ser adquirido pelo iTunes: apple.co/2ueevr2.

     5. Mensagens instantâneas: Tippy Talk
     Em inglês, mas totalmente visual, permite a comunicação instantânea por celular entre crianças com TEA e os pais ou outros adultos. A criança pode montar frases com símbolos, que chegam por mensagem de texto ao celular da pessoa com quem ela deseja se comunicar. Pode ser baixado na Google Play ou na Apple Store: www.tippy-talk.com.

FONTE: uol.com

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

AUTISMO E ADOLESCÊNCIA


    
     O autismo na adolescência podem ser um momento de estresse e confusão; aliás como é para qualquer adolescente típico em
desenvolvimento. Como todos os jovens, eles precisam de ajuda para lidar com sua sexualidade nascente. Enquanto alguns comportamentos melhoram durante a adolescência, alguns pioram.       
O aumento do comportamento autista ou alguma agressividade pode ser uma maneira pela qual alguns adolescentes expressam sua nova tensão e confusão.

     A adolescência também é uma época em que os jovens se tornam mais sensíveis socialmente. Na idade em que a maioria dos adolescentes está preocupada com acne, popularidade, notas e datas, os adolescentes com autismo podem se tornar dolorosamente conscientes de que são diferentes de seus pares. Eles podem perceber que eles não têm
amigos. E ao contrário de seus colegas de escola, eles não estão namorando ou planejando uma carreira.
     Para alguns, a tristeza que acompanha essa percepção motiva os adolescentes com autismo a aprender novos comportamentos e a adquirir melhores habilidades sociais. Os riscos para a saúde incluem convulsões e depressão. 

Adolescência e Autismo e Convulsões
     De acordo com Stephen M. Edelson, Ph.D. do Centro para o Estudo do Autismo, aproximadamente uma em cada quatro crianças com autismo começa a ter convulsões durante a puberdade. A atividade convulsiva pode ser devido a alterações hormonais no corpo.
     Muitas vezes, convulsões são visíveis. A maioria das convulsões são convulsões pequenas, subclínicas, que não são detectadas por observação simples. Alguns possíveis sinais de atividade convulsiva subclínica incluem:


- Exibir problemas de comportamento, como agressão, autolesão e muita birra;


- Ter pouco ou nenhum ganho acadêmico depois de ter se saído bem durante a infância e pré-adolescência;
-E / ou perda de alguns ganhos comportamentais e / ou cognitivos.
     Os pais podem querer considerar fazer EEG(eletroencefalograma) realizado em seu filho por 24 a 48 horas para aumentar a probabilidade de detectar qualquer atividade anormal. Um EEG realizado por um período de teste mais curto pode não detectar nenhuma convulsão.
     Como afirma o Dr. Edelson, sabe-se que a vitamina B6 com magnésio e dimetilglicina (DMG) reduz ou elimina a atividade convulsiva em alguns indivíduos.
Por favor note: A maioria dos adolescentes com autismo não tem convulsões durante a puberdade. Muitos pais descrevem seu filho ou filha como tendo experimentado ganhos de desenvolvimento durante a adolescência.
     O Dr. Edelson encoraja os pais de adolescentes com autismo a estarem cientes das possíveis mudanças positivas e negativas que
podem ocorrer com a puberdade. É importante ressaltar que os pais devem saber que cerca de 25% das pessoas com autismo podem ter convulsões clínicas ou subclínicas que, se não forem tratadas, podem levar a efeitos prejudiciais.

Fonte: Stephen M. Edelson, Ph.D., Centro para o Estudo do Autismo, Salem, Oregon (Autismo e Adolescência)


     Adolescência e autismo: 
uma combinação difícil, mas não impossível.
     Os desafios que os pacientes autistas enfrentam tornam-se mais pronunciados durante a adolescência, quando muitos tipos de comportamentos sociais são desenvolvidos, esses indivíduos podem se tornar mais conscientes de suas dificuldades de relacionamento.
"Este estudo mostra que as habilidades sociais e interpessoais dos adolescentes autistas podem ser melhoradas, e estabelecemos que nosso método é eficiente e não requer recursos significativos", disse o Dr. Fombonne, chefe de psiquiatria infantil do Centro de Saúde da Universidade McGill.
     Eles queriam abordar as necessidades de adolescentes autistas que não tiveram um grande atraso no desenvolvimento da
linguagem ou que não eram cognitivamente desafiados (autismo de alto funcionamento e síndrome de Asperger). O principal componente das sessões é a dramatização de papéis, que permite aos pacientes simular diferentes situações sociais e criar novas amizades com outros membros do grupo.
Os resultados do estudo definitivamente confirmam essa conclusão, pois houve aumento nas habilidades sociais dos pacientes ao longo das sessões, uma melhoria que foi mantida fora dos grupos de treinamento. Este último ponto prova que a melhora do comportamento nesses pacientes não está unicamente ligada ao ambiente hospitalar. O treinamento também ajudou alguns adolescentes a reduzir problemas com irritabilidade ou sensibilidade excessiva.

McGill University Health Center (2007, 3 de novembro). Adolescência e autismo: uma combinação difícil, mas não impossível.

AUTISTAS TÊM DIREITO A BENEFÍCIO DO INSS?

     As pessoas portadoras de TEA (Autismo), deficiência intelectual ou deficiência múltipla podem ter garantido da Previdência Social o pagamento de um salário mínimo mensal. Hoje, os que enfrentam esses problemas não estão necessariamente acobertados pela legislação previdenciária. A ideia seria incluir na Lei n.º 8.742/93 as pessoas portadoras desses problemas como beneficiárias do Amparo Social.
     Por enquanto, o que a lei garante é o BPC(Benefício de Prestação Continuada), porém nem todo portador de TEA consegue este benefício.                                                               O Serviço Social e a Perícia Médica do INSS avaliam se o paciente está ou não capacitado    para a vida independente e para o trabalho. 
   Para receber o benefício, deve-se provar por meio de laudos e perícias que dita pessoa é incapaz de trabalhar, ou, valer-se por si mesma.
     Para receber o benefício, de acordo com a Lei n.º 8.742/93, não basta apenas ser incapaz para as atividades profissionais, devendo o postulante se enquadrar nos requisitos de pobre na forma da lei. A renda familiar não pode passar de 1\4 do salário mínimo nacional por pessoa da família.
    De acordo com o LOAS (Lei orgânica de Assistência Social), qualquer doença que gera incapacidade para o trabalho em tese pode ensejar o benefício, desde que atenda também os requisitos de o requerente não pode prover o seu sustento.
     Muitos portadores de TEA conseguem ter uma vida autossuficiente, exercendo as mais variadas funções profissionais.
     No entanto, há aqueles que não têm a menor condição, seja física, mental ou emocional para socializar-se em um ambiente de trabalho, ou, até mesmo para sair fora do convívio familiar. Essas pessoas são acobertadas pela lei.
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FAMILIAR SE ENCAIXA NA LEI?

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sábado, 22 de setembro de 2018

Leia isto se você não souber falar com alguém que tenha autismo.






Depoimento de um portador de autismo

Imagine este cenário: alguém com autismo vê uma neurotípica se aproximando carregando uma bolsa gigante e diz: "Olha só! Uma mala carregando uma bolsa"
Primeiro, há o mal-entendido: “O que isso quer dizer? tá zoando com a minha cara? ”, Responde o neurotípico.

Em segundo lugar, há a tentativa de esclarecer o mal-entendido: "Oh, hum, eu não quis dizer ... eu quis dizer ... era para ser um trocadilho", a pessoa autista oferece, sem jeito.
Em terceiro lugar, há a apresentação dos sentimentos ofendidos do neurotípico por causa da má interpretação: "Ah sim, certo, então você acha que eu estou piorando as coisas!

Quarto, a segunda tentativa do autista de esclarecer: “Nããão… foi a sua bolsa…”

E, finalmente: "Deixa pra lá. Fui!!".
Muitas vezes ouvimos sobre como reconhecer uma pessoa com autismo e como tratá-la. Mas não há muito por aí sobre por onde começar quando você não está familiarizado com o autismo, como lidar com seu próprio desconforto e o que é considerado ofensivo.

Considere este  artigo como seu ticket com tudo incluído para como neurotípicos podem se relacionar com aqueles  que  são portadores  de autismo.
Primeiro, vamos começar com definições
Aspie: Alguém que tem síndrome de Asperger , que faz partedo espectro do autismo.
Autismo: um distúrbio neurológico caracterizado por comportamento repetitivo, dificuldades de comunicação e problemas para estabelecer e manter relacionamentos.
Consciência do autismo: Um movimento sobre a disseminação da conscientização e aceitação de pessoas no espectro do autismo.

Neurotípica: uma pessoa que não exibe padrões ou comportamentos de pensamento atípicos(você).

Estereotipia ou, movimentos estereotipados: Movimentos corporais auto-relaxantes e repetitivos que as pessoas autistas
fazem em resposta a excesso de estimulação ou estresse emocional. As
 " estereotipias " comuns são o balançar para frente e para trás, batendo as mãos e esfregando os braços e as pernas.

1. Seja legal
Mesmo se um portador de TEA(transtorno do espectro autista), fizer de você sentir-se um pouco desconfortável, um pouco de gentileza pode ser um grande trunfo! Eles podem comportar-se de uma  maneira que pode te confundir , mas, acredite em mim, você se comporta de maneiras que os confundem também.

Quando as pessoas tentam assumir nossa capacidade mental, isso serve apenas para demonstrar sua dúvida sobre nossa condição. Isso causa ressentimento e nos sentimos incomodados porque nos invalida - por exemplo, "Por que você não pode fazer isso agora quando você poderia fazer isso ontem?"

Isso força nossa defesa de “sou autista”. As diferenças entre mentes autistas e neurotípicas são enormes. Evite questionar nossa capacidade e, em vez disso, concentre-se no otimismo e na tranquilidade. Um elogio ou comentário encorajador pode estabelecer a estrutura para uma amizade duradoura.

2. Seja paciente
Nem sempre podemos dizer como nos sentimos, porque nem sempre temos palavras para expressar nossos sentimentos. Se você for paciente conosco, será capaz de dizer o que precisamos mais rapidamente, porque você não ficará tão em pânico, ansioso ou aborrecido em tentar descobrir qual é o problema.

A paciência vem quando você percebe que a única maneira de saber como estamos nos sentindo é nos ouvir com muito cuidado e nos deixar fazer movimentos incomuns em momentos estressantes. Não se permita ficar ansioso ou ficar chateado quando tivermos sintomas.

É melhor para todas as partes se você for paciente com nossas habilidades de comunicação - ou falta dela. Isso me leva ao próximo ...

3. Ouça com atenção
Nós só entendemos o que você fala com palavras. Aquelas expressões que você faz com o rosto, nós não entendemos, de modo que podemos interpretar semanticamente o significado das palavras que você usa, especialmente os homófonos. Nós também ficamos
confusos pela inflexão. Não entendemos indiretas, não entendemos  meias palavras.

Por exemplo, temos dificuldades com o sarcasmo. Minha mãe sempre dizia “obrigada” quando não fazíamos o que ela pedia. Então a única vez que eu realmente limpei meu quarto, ela respondeu com "Obrigado!" E eu respondi: "Mas eu limpei!"


É aqui que a sua escuta ajuda a nós dois. Como você provavelmente notará o mal-entendido antes de nós, por favor, esclareça o que você está tentando dizer se nossas respostas não corresponderem ao que você quer dizer. Minha mãe fez isso e eu aprendi o que é sarcasmo e o que “obrigado” significa.


Nós também podemos entender algo diferente, porque o nosso processamento de áudio emocional tende a ficar um pouco confuso quando estamos tentando ouvir. Em geral, não somos muito bons em conversas educadas ou conversas triviais, de modo que ser íntimo é bom para a maioria de nós. Nós gostamos de conexão como todo mundo.

4. Preste atenção
Você pode notar se nós começarmos a "esterotipar". Fazemos isso quando estamos experimentando um excesso de emoção ou estímulos sensoriais. Nem sempre é ruim e nem sempre é bom. Apenas isso.
A maioria das pessoas com autismo tem ansiedade física flutuante mesmo quando estamos felizes, e "estereotipar" ajuda a manter isso sob controle. Se você perceber que estamos nos movendo mais do que o normal, vá em frente e nos pergunte se precisamos de alguma coisa. Outra dica útil seria desligar as luzes e qualquer excesso de ruído.
5. Instrua-nos - mas bem. Estamos ofendendo você? Nos digam. Pessoas com autismo podem experimentar mal-entendidos no estilo de avalanche. Isso dificulta a formação e manutenção de relacionamentos duradouros e pode proporcionar uma vida muito solitária.

Para nós, cultivar habilidades sociais é imperativo para colmatar a lacuna de mal-entendidos. Nós não nascemos com essas habilidades, e alguns de nós não foram devidamente educados em etiqueta social ou mecanismos de enfrentamento. Não saber que dessas coisas instintivamente dificultam a formação de conexões com outras pessoas.

Quando estamos processando tentando socializar, podemos perder alguma coisa e acidentalmente dizer algo que pareça estúpido, malvado ou ofensivo. Sem essas pistas físicas emocionais para guiar nossa resposta, ficamos com apenas as palavras, às vezes tornando uma experiência estranha para um neurotípico(você).

Para demonstrar as dificuldades que isso impõe, tente fechar os olhos da próxima vez que alguém estiver falando com você. Isso lhe dará uma ideia do quão difícil é para nós. Acredita-se que mais da metade de toda a comunicação seja não-verbal, ou seja, pelas expressões da face. Se você é o neurotípico da conversa, é sua responsabilidade certificar-se de que está claro em seu significado. 

Deixando-nos saber se ofendemos você receberá um pedido de desculpas de nossa parte muito mais rápido do que fazer uma careta ofendida para nós.

Pessoas neurotípicas fazem conclusões baseadas em sinais emocionais sutis dados por quem eles são. Se você perceber que a pessoa com quem está falando não está fazendo isso, pode estar falando com alguém com autismo.


Praticando essas dicas no momento pode ajudá-lo a estar pronto para situações sociais complicadas quando você interage com alguém que tem autismo. Ajude-os e esclareça se eles parecem confusos. Ao estar atento no momento, você se sentirá mais à vontade para se comunicar com as pessoas no espectro.
Arianne Garcia, agosto de 2017